terça-feira, 9 de março de 2010

Kardec e os temas da política 2: A ESCOLHA DOS GOVERNANTES

No livro Obras Póstumas iremos encontrar o texto em que Kardec aborda o tema das ARISTOCRACIAS, que, em síntese, trata da evolução na forma como os dirigentes políticos dos povos alcançam, mantêm e utilizam o poder.


O codificador considerou que os “chefes” são necessários para conduzir uma sociedade e proteger os seus membros. Relata, então, uma breve síntese de como os dirigentes atuaram ao longo da história e nas diversas sociedades.

Em seu resumo histórico, Kardec lembra dos seguintes “chefes” políticos:

• os patriarcas, chefes familiares que conduziam pela sabedoria;

• os chefes militares, que alcançaram o poder pela força bélica e organização na defesa de seu povo, além das conquistas territoriais em relação aos povos vizinhos;

• os nobres, donos de títulos e bens conquistados pela força ou herdados e que transmitiam tais valores, por sua vez, aos seus sucessores, justificando seus privilégios como determinação divina;

• os “revolucionários”, originados das “classes inferiores” (oprimidas) e que empregaram a inteligência em conquistas sociais para suas classes;

• os endinheirados, decorrentes da habilidade empreendedora, mas que em muitos casos estava desacompanhada da moral;

Diante de tal lista, esclarece o codificador que cada povo e cada contexto histórico têm o aristocrata que merece e que sempre é fruto dos interesses e idéias predominantes na sociedade.

Falta, porém, alcançarmos o governo da liderança que, ao mesmo tempo, é adornada pelas qualidades da inteligência e da moral ilibada. Tal fato ocorrerá no momento em que o bem e a instrução dominarem a sociedade. Atentemos para uma passagem do texto que parece corresponder à nossa realidade atual: “hoje a inteligência domina (...) e vedes o homem do povo chegar aos primeiros cargos (...) seria possível juntar-lhe a moralidade?”. Claro, mas para isso, como acrescenta Kardec, é preciso que a moralidade domine numericamente.

Alerta ainda o insigne professor que não devemos perder a esperança de que isso ocorra. Pelo contrário, devemos nos esforçar para que essa realidade se concretize o mais rápido possível, ainda mais porque temos o Espiritismo, apontado pelo codificador como uma causa que deve apressar o advento do progresso social. Cabe a cada um de nós se esforçar para participar desta conquista. O que estamos esperando?

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